Família de bebê pede por transferência hospitalar; criança tem problemas cardíaco
Uma recém-nascida de família indígena está há cerca de 17 dias no Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, no sul da Bahia. De acordo com os pais da menina, ela foi diagnosticada com estenose aórtica, que é uma malformação na válvula do coração, e precisa fazer uma cirurgia.

“A gente fica muito apreensivo. Eu, como mãe, vendo minha filha todo dia naquela situação, nos aparelhos, sem poder respirar, é muito angustiante”, disse Caricia Andrade de Brito, mãe da menina.

Segundo os pais da recém-nascida, essa malformação causa um estreitamento no vaso sanguíneo e reduz o fluxo de sangue no coração, o que compromete o funcionamento desse órgão.

O pai da bebê, Iranildo da Conceição Santos, disse a vida da filha dessa cirurgia.

“Só escutamos a mesma coisa: ‘não está disponível essa vaga’. Aí todos os dias a gente visita ela, naquela situação que está, precisando de aparelho, de remédio, para se manter viva. Os médicos falam que ela está estável, mas ela precisa dessa cirurgia, porque a vida dela depende disso”, relatou.

Recém-nascida precisa de transferência para fazer cirurgia no coração — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Recém-nascida precisa de transferência para fazer cirurgia no coração — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

A menina nasceu no dia 4 de agosto, na aldeia de Barra Velha, também em Porto Seguro. Segundo a mãe, ela fez o pré-natal durante o período da gestação, mas nos exames não constou nenhum tipo de problema. Ela relatou, inclusive, que o parto foi normal.

No entanto, 12 dias após o parto, Caricia percebeu que a filha apresentava dificuldades para respirar. A bebê foi encaminhada para um posto de saúde, mas o médico que atendeu a recém-nascida disse que ela precisava de um aparato melhor para respirar e que não tinha no local.

Com isso, a família levou a bebê para o Hospital Luís Eduardo Magalhães, onde se encontra até esta sexta-feira (3).

Os pais relataram que, o médico que atendeu à criança no hospital desconfiou que ela tivesse problemas cardíacos, por causa dos sintomas e do quadro de saúde apresentado. Após uma seria de exames de imagem, foi diagnosticado que a doença. No entanto, a unidade não tem aparato para realizar esse tipo de cirurgia.

“Todo dia o médico faz o relatório dela e fala que tem que ser o mais rápido possível essa cirurgia. A gente fica mais apreensivo, mais desesperado, porque não conseguimos a vaga”, disse a mãe.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e aguarda um posicionamento sobre o caso.