“A gente fica muito apreensivo. Eu, como mãe, vendo minha filha todo dia naquela situação, nos aparelhos, sem poder respirar, é muito angustiante”, disse Caricia Andrade de Brito, mãe da menina.
Segundo os pais da recém-nascida, essa malformação causa um estreitamento no vaso sanguíneo e reduz o fluxo de sangue no coração, o que compromete o funcionamento desse órgão.
O pai da bebê, Iranildo da Conceição Santos, disse a vida da filha dessa cirurgia.
“Só escutamos a mesma coisa: ‘não está disponível essa vaga’. Aí todos os dias a gente visita ela, naquela situação que está, precisando de aparelho, de remédio, para se manter viva. Os médicos falam que ela está estável, mas ela precisa dessa cirurgia, porque a vida dela depende disso”, relatou.
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Recém-nascida precisa de transferência para fazer cirurgia no coração — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz
A menina nasceu no dia 4 de agosto, na aldeia de Barra Velha, também em Porto Seguro. Segundo a mãe, ela fez o pré-natal durante o período da gestação, mas nos exames não constou nenhum tipo de problema. Ela relatou, inclusive, que o parto foi normal.
No entanto, 12 dias após o parto, Caricia percebeu que a filha apresentava dificuldades para respirar. A bebê foi encaminhada para um posto de saúde, mas o médico que atendeu a recém-nascida disse que ela precisava de um aparato melhor para respirar e que não tinha no local.
Com isso, a família levou a bebê para o Hospital Luís Eduardo Magalhães, onde se encontra até esta sexta-feira (3).
Os pais relataram que, o médico que atendeu à criança no hospital desconfiou que ela tivesse problemas cardíacos, por causa dos sintomas e do quadro de saúde apresentado. Após uma seria de exames de imagem, foi diagnosticado que a doença. No entanto, a unidade não tem aparato para realizar esse tipo de cirurgia.
“Todo dia o médico faz o relatório dela e fala que tem que ser o mais rápido possível essa cirurgia. A gente fica mais apreensivo, mais desesperado, porque não conseguimos a vaga”, disse a mãe.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e aguarda um posicionamento sobre o caso.