Caso suspeito Coronavírus

Desde o início da propagação do novo coronavírus na China e em outros países, a cidade de Ilhéus recebeu neste sábado (29) um caso suspeito de infecção do COVID 19, de acordo com informações prestadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Uma turista de 21 anos, de Israel, buscou assistência hospitalar no município com sintomas gripais, e teve realizada a coleta de amostra para análise laboratorial, indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. O diagnóstico do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (LACEN-BA), para onde a coleta foi encaminhada, deve divulgar o resultado em até 7 dias úteis.

O setor de Vigilância e Saúde Ambiental da Sesau informou que a jovem israelita esteve na Alemanha no dia 18 de fevereiro, tendo desembarcado no Brasil no último dia 20. O atendimento médico deliberou pela alta, não havendo necessidade de internamento hospitalar. A paciente foi conduzida por uma ambulância social de Ilhéus para Itacaré, onde encontra-se domiciliada. De acordo com a Sesau, o ocorrido foi comunicado ao Núcleo Regional de Saúde Sul, órgão do Estado da Bahia responsável pela macrorregião. A vigilância epidemiológica de Itacaré realizará o acompanhamento do caso suspeito com o isolamento domiciliar da paciente.

“Todo protocolo de assistência à este caso suspeito do COVID 19 foi aplicado com a melhor eficácia possível. Aqui em Ilhéus, a Sesau vai monitorar os profissionais de saúde que tiveram contato com a paciente. Diante da urgência, pedimos prioridade para que o resultado da coleta da amostra possa sair antes de 7 dias úteis, o prazo em que normalmente as análises são apresentadas”, destacou o coordenador de Vigilância e Saúde Ambiental da Sesau, Gleidson Santana.

O coordenador acrescentou: “Ilhéus é uma cidade turística que recebe gente de vários lugares, principalmente na alta estação. Porém, não há motivo para ninguém entrar em pânico, pois conforme dados do Ministério da Saúde, ainda não existem evidências de que o coronavírus esteja circulando no território do Brasil, visto que os dois casos confirmados de coronavírus no país, são de pacientes de São Paulo que chegaram da Itália. Até o momento, não há casos de pessoas que se contaminaram no nosso país. Contudo, devemos estar sempre em alerta e seguindo as recomendações do Ministério da Saúde”, informou.

 

Prevenção – A fim de ampliar as medidas de prevenção contra infecções virais como Coronavírus, H1N1, H3N2 e Influenza B, Santana explica que as autoridades sanitárias municipais tem sensibilizado a sociedade sobre a importância da higiene regular das mãos e a necessidade da disponibilização de dispensadores de álcool gel pelos estabelecimentos comerciais que prestam serviços diretamente à população, em cumprimento às determinações da legislação estadual nº 13.706 de 2017.

A orientação para reduzir o risco geral de contaminação e transmissão é seguir as recomendações do Ministério da Saúde como a higienização adequada das mãos, evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, limitar movimentação do paciente contaminado e evitar trânsito de pessoas no quarto, bem como limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência. Simples medidas como lavar regularmente as mãos e cobrir com o braço boca e nariz ao tossir ou espirrar, além de evitar aglomerações e ambientes fechados, podem minimizar significativamente o risco de transmissão do coronavírus. O novo vírus se espalha através do ar e contato físico com secreções contaminadas como saliva, tosse, espirro e contato com objetos de uso pessoal.

Os profissionais de saúde devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e medidas de precaução padrão de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Se o diagnóstico confirmar, o que fazer – A Sesau orienta que caso o usuário apresente diagnóstico positivo para o novo coronavírus, com grau grave e que exija internação, deve ser acompanhado por um hospital de referência, como é o caso do Costa do Cacau, no Sul da Bahia. Porém, situações clínicas de grau leve, a Atenção Primária em Saúde (APS) como os postos de saúde fazem o acompanhamento com a instituição de medidas de precaução domiciliar, ou, se o grau for moderado, unidades secundárias como Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Pronto Atendimento (PA), como a UPA da Conquista ou o PA da zona Sul.

A medida de isolamento domiciliar tem uma duração de 14 dias, conforme a orientação do Ministério da Saúde, sendo que o período de transmissão do coronavírus gira em torno de 7 dias. O isolamento domiciliar requer que a pessoa evite situações como sair de casa, trabalhar, ir à escola, estar em locais de aglomeração, ter contato com outras pessoas, exige uso de máscara e não compartilhamento de objetos de cunho pessoal.