Hospital Materno-Infantil estimula a preservação das Parteiras Tradicionais
Não é de hoje a experiência da indígena Iracema Sussuarama no auxílio às mulheres em trabalho de parto pelas aldeias da etnia Tupinambá, no sul do estado. Há muitos anos ela já acompanhava a avó nas comunidades indígenas e confessa que perdeu as contas de quantas crianças nasceram com o seu auxílio. “Sempre tive a curiosidade de saber, assistir e participar dos partos do nosso povo”, assegura. Iracema foi uma das parteiras tradicionais que participaram da escuta e da roda de conversa promovidas pelo Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, em uma verdadeira troca de experiência que contou com a participação da médica obstetra Carolina Zafalon, que atua na unidade hospitalar. Neste sábado, 20, comemora-se o Dia da Parteira Tradicional. Para muitos, uma atividade que tem perdido espaço ao longo dos anos.
“A gente tem esquecido dessas mulheres tão importantes pra nossa comunidade. E que bom que nós estamos hoje aqui conversando sobre isso, despertando essa consciência nossa da necessidade de a gente valorizar as nossas parteiras, que fazem parte da nossa tradição”, reconhece a indígena Potiratê Tupinambá, da aldeia Itapuan. “Claro que é importante ter o hospital, mas é importante também ter as nossas parteiras que precisam estar em primeiro lugar pra gente”, conclui.
Poucas parteiras, área extensa