
Integrantes de movimentos sociais ligados ao campo manifestaram hoje (1º), no Palácio do Planalto, apoio à presidenta Dilma Rousseff em discursos durante cerimônia de anúncio da desapropriação de terras para reforma agrária e regularização de territórios quilombolas.
O coordenador da Pastoral Negra, Bruno Coelho, defendeu os valores democráticos e o respeito à soberania popular expressa nas últimas eleições presidenciais. Em nome dos movimenos negros, ele entregou um manifesto de apoio à presidenta, que sofre um processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
“A posição de nossa luta histórica em defesa dos valores democráticos, sem nenhum passo atrás na consolidação das conquistas, direitos e cidadania, ameaçados no contexto atual por setores retrógrados da nação, nos delega o compromisso de defender a democracia e o respeito à soberania popular expressa nos milhões de votos do povo brasileiro nas últimas eleições presidenciais”, disse.
A integrante da Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Kátia Penha, afirmou que o segmento é contrário ao pedido impeachment e repudia o desrespeito demonstrado contra os princípios da democracia. Segundo ela, os quilombolas acreditam no projeto de governo da presidenta Dilma.
“Nesse momento de crise política e ideológica, entendemos que é necessário que o povo brasileiro volte a dialogar e se unir para que sejamos capazes de retomar o crescimento do país em todos os sentidos.”
Alexandre Conceição, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), disse que os integrantes do movimento são contrários ao “golpe” e que os trabalhadores vão enterrar essa tentativa articulada contra a presidenta Dilma.
“Estamos aqui hoje com o povo de terreiros, da agricultura familiar e os sem-terra. ‘Eles’ estão reclamando porque aqui a gente é contra o golpe. Não vamos permitir golpe”, acrescentou.















