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Movimentação bate recorde nos portos, mesmo após tarifaço

Movimentação bate recorde nos portos, mesmo após tarifaço



A movimentação portuária em agosto, primeiro mês após a entrada em vigor das novas tarifas impostas pelo governo americano, foi 7,8% superior à registrada no mesmo período do ano passado. A carga transportada entre janeiro e agosto também foi recorde, atingindo 914,8 milhões no acumulado do ano, um crescimento de 2,8% em relação aos números de 2024.

A Autoridade Portuária Federal na Bahia – CODEBA destaca que, no estado, o crescimento em agosto foi de 4,34%, com destaque, mais uma, vez para a movimentação de granéis sólidos, que teve um aumento de 32,98%. Entre os Portos Públicos, o de Aratu-Candeias alcançou maior alta no mês (23,5%), em decorrência da ativação do ATU 12 e 18, que permitiu ao porto processar granéis sólidos, sejam eles minerais ou grãos.

O presidente da CODEBA, Antonio Gobbo, explica que os portos públicos baianos possuem uma capacidade movimentações diversas e que os investimentos em infraestrutura permitirão ao estado atender demandas cada vez maiores dos setores industriais, agroexportadores e de turismo. “O Porto de Aratu-Candeias, por exemplo, é um dos principais polos logísticos de combustíveis, produtos químicos e, a partir deste ano, passou a movimentar grãos e minérios do Nordeste brasileiro. Com os investimentos na intermodalidade e a requalificação dos sistemas terrestres integrados, a expectativa é superar gargalos históricos de infraestrutura para alcançar curvas de demanda ainda maiores para o transporte intraestadual, fazendo com que o potencial baiano se converta em vantagem competitiva efetiva”, afirmou.

 

As informações do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) confirmam a alteração de rotas provocada pelas restrições impostas pelos Estados Unidos e mostram que o país soube se ajustar ao tarifaço. As exportações cresceram 3,2% no mês em relação a agosto de 2024. Houve crescimento acentuado de exportações para a Índia (volume 348% maior), México (97%), Argentina (50%) e China (12%), nosso maior parceiro comercial, e queda de 17% no volume exportado para os Estados Unidos.

“O recorde na movimentação de carga nos portos do país, aliado ao aumento da exportação de produtos, reforça o interesse do Brasil frente a outros mercados internacionais. Nós estamos trabalhando para expandir ainda mais o volume de carga no modal aquaviário, pois isso se reflete no aumento de emprego e da renda do povo brasileiro”, destacou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Houve recorde também no transporte de longo curso (exportação e importação), atingindo 95,4 milhões de toneladas, no transporte de cabotagem (entre portos brasileiros), com 28,2 milhões de toneladas, e também no transporte interior (entre portos fluviais), chegando a 8,1 milhões de toneladas.

Por tipo de carga, o maior crescimento registrado em agosto foi em granel líquido (25%), volume recorde para o mês (32,5 milhões de toneladas). Somente em petróleo e derivados, passaram pelos portos brasileiros 22,5 milhões de toneladas em agosto, um crescimento de 33,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O relatório também aponta crescimento de 11,3% na exportação de minério de ferro em agosto (42,2 milhões de toneladas), e de 3,4% na exportação de milho (10,7 milhões de toneladas).

 

Foto: Tadeu Miranda

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