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O ex-diretor da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, em imagem de arquivo — Foto: Reprodução
A Justiça do Distrito Federal aceitou, nesta sexta-feira (17), a denúncia contra o ex-delegado-chefe da Polícia Civil do Distrito Federal Robson Cândido por perseguir a ex-amante . Ele está preso desde o dia 4 de novembro (veja detalhes abaixo).
Thiago Peralva, ex-delegado da 19ª DP, de Ceilândia, que teria ajudado Cândido também virou réu. Ele cumpre prisão domiciliar e usa tornozeleira eletrônica.
Os delegados Robson Cândido e Thiago Peralva vão responder pelos crimes:
- Robson Cândido: stalking ou perseguição, violência psicológica, descumprimento de medida protetiva de urgência, peculato (por 3 vezes), participação em corrupção passiva, participação em interceptação telemática ilegal e violação de sigilo funcional;
- Thiago Peralva: participação em stalking, corrupção passiva e interceptação telemática ilegal
Prisão

A prisão de Robson Cândido foi cumprida pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que também cumpriu mandados de busca e apreensão na 19ª Delegacia de Polícia, e nas casas dos delegado Thiago Peralva e de Robson Cândido. Foram apreendidos celulares, notebooks e pendrives. A Corregedoria da PCDF acompanhou as buscas na delegacia.
O delegado deixou a direção da Polícia Civil após ser acusado de crimes relacionados à Lei Maria da Penha. Segundo as investigações, a estrutura da Polícia Civil — como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos e carros oficiais — era usada para fins ilícitos e particulares.
Ainda segundo os promotores, os investigados na operação interceptaram as ligações telefônicas da ex-amante de Robson Cândido para monitorar a localização dela em tempo real. Dessa forma, teriam sido praticados os crimes de stalking e violência psicológica, aponta a investigação.
O Ministério Público afirma ainda que o ex-delegado da 19ª Delegacia de Polícia Thiago Peralva teria inserido o número da mulher em uma interceptação telefônica em curso, que apurava crime de tráfico de drogas.
A operação foi coordenada pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e do Centro de Inteligência do MPDFT.