Greve de vigilantes na Bahia chega ao oitavo dia
A greve por tempo indeterminado dos vigilantes que prestam serviço em várias instituições da Bahia chega ao oitavo dia nesta quarta-feira (18), e sem o efetivo mínimo trabalhando.
A categoria não precisa mais manter efetivo mínimo de 50% nas agências bancárias e do INSS, nem 30% nos demais serviços, porque foi derrubada pelo desembargador Edilton Meireles de Oliveira Santos, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a liminar que determinava que parte dos vigilantes mantivesse as atividades.
O desembargador disse que, como não houve acordo entre patrões e empregados, o julgamento do dissídio foi marcado para 23 de março no TRT, mas foi adiado na tarde de terça-feira (17) pelo desembargador, sem marcação de uma nova data.
Na segunda-feira (16), a categoria e os patrões se reuniram em uma segunda audiência de conciliação no TRT, mas não chegara a um acordo.
Os patrões ofereceram pagar este ano o reajuste da inflação baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2019 (3,57%) e pagar o INPC de 2020 (4,30%) parcelado.
Os vigilantes não aceitaram a proposta. A categoria pede 8% de reposição integral da inflação 2018/2019 e 2019/2020, mais 5% de ganho real; ticket refeição de R$ 13 para R$ 23, além da manutenção das conquistas anteriores.
Diante das restrições por causa do coronavírus, o decreto do governo do estado que, ente outras restrições, proíbe passeatas e concentrações com mais de 50 pessoas, por exemplo, e cuidados comuns a todos, a direção do Sindicato dos Vigilantes deixou de fazer passeatas e grandes concentrações na segunda (16) e terça-feira (17) e avalia novas formas de mobilização.
Serviços
INSS: As perícias médicas continuam suspensas. Até a última sexta-feira foram 1.200 perícias adiadas em Salvador e região metropolitana. Os procedimentos são remarcadas pelas agências e os segurados são orientados a ligar para a central 135, para saber da nova data. Os outros atendimentos agendados estão mantidos.
Bancos: Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), não existe uma regra sobre o funcionamento das agências para operações financeiras com o efetivo de 50% dos vigilantes. Os bancos avaliam caso a caso com base nas características de cada agência.
Em caso de paralisações desses profissionais, a Polícia Federal autoriza as agências a operarem sem dinheiro em espécie ou de não abrirem para atendimento ao público. A decisão cabe aos bancos que avaliam qual é a escolha mais segura para clientes e funcionários.
Além disso, a Febraban lembra que o consumidor tem a sua disposição canais alternativos para realizar pagamentos e outras operações, tais como caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking, banco por telefone e correspondentes.
Para os casos em que as agências estão operando sem serviços que envolvam movimentações financeiras, a Febraban orienta os clientes a utilizarem os canais digitais, como sites e aplicativo dos bancos, para a realização de transferências e pagamento de contas nos dias em que não houver expediente bancário nas agências.
Os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos podem ser pagos via Débito Direto Autorizado (DDA).