A greve dos professores da rede municipal de ensino de Itabuna, cidade no sul da Bahia, completou uma semana nesta segunda-feira (10). De acordo com o Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna (Simpi), as atividades estão suspensas em cerca de 96 escolas e 17 mil estudantes estão sem aulas.
Os professores reivindicam 6,81% de reajuste para docentes de nível II e III, são contra a mudança do regime trabalhista, que é a CLT, para um regimento estatutário próprio, e exigem o pagamento de salários atrasados para professores em desvio de função.

Ainda segundo o sindicato, a mudança do regime de trabalho acarretaria em perda de direitos trabalhistas. Com relação aos salários atrasados, a entidade diz que os professores em desvio de função — que por motivo de saúde estão fora da sala de aula, mas atuando em outras atividades — estão sem receber desde julho.
A greve começou na última segunda-feira (3). Em nota, a Secretaria de Educação de Itabuna informou que respeita a decisão da categoria, mas que, mesmo sem aulas, as escolas permanecerão abertas, “exceto nas situações em que diretores e vice-diretores estejam sujeitos à uma condição de vulnerabilidade e de violência”.
A nota ainda informa que todas as equipes de trabalho têm valorizado os diálogos, especialmente com o Simpi, e que a secretaria “não se furta dos debates, das escutas das ideias”.